O setor médico é uma área que se encontra atrasada quando comparada às demais. Isso acontece por causa de seus processos rígidos e falta de modernidade. Afinal, qual hospital está livre da excessiva marcação de horários, regulamentações e regras?
Não que seguir uma linha de profissão ética seja um erro. Muito pelo contrário. Porém, essas restrições tornam o ambiente ideal para a inovação chegar e modificar sua maneira de operar.
Telemedicina como mãe da tecnologia em saúde
Vimos esse avanço chegar, juntamente com a pandemia do COVID-19. A área hospitalar identificou uma necessidade latente de alterar a forma que oferece seu serviço em uma era na qual quarentena e distanciamento social se tornaram palavras cotidianas. Desse modo, a tecnologia adentrou consultórios e hospitais e possibilitou que a saúde continuasse operante.
O ponto alto dessa mudança, foi o surgimento da telemedicina. Então, boa parte da população passou a conhecer a prática e até utilizar as teleconsultas para manter sua saúde em dia. Ademais, no meio da tecnologia e inovação essa mudança também chegou de forma avassaladora.
Empresas de healthtech focaram seus esforços para essa nova tecnologia e ampliar uma área que só viria a crescer. Agora, segundo a Global Market Insights, o mercado de telemedicina global pode chegar a US$131 bilhões, com um crescimento anual de 19%.
O crescimento da tecnologia e das healtechs
A Telemedicina e suas vertentes ainda são a primeira ideia quando falamos de tecnologia na saúde. Contudo, é vital que novos empreendedores e investidores entendam que exitem outras áreas de healthtechs que crescerão nos próximos anos. Afinal, a tendência é que, com um avanço cada vez maior da tecnologia, o ambiente hospitalar vá perdendo suas características que identificamos como “regulares” e comece a se modernizar, adentrando a saúde 5.0.
Essa mudança já está acontecendo. De acordo com o Distrito Healthtech Report de 2020, foram mapeadas 540 startups da saúde em terras brasileiras. O investimento feito na área também salta aos olhos e nos alerta sobre o rumo do futuro. Afinal, no 1º semestre de 2021, as healtechs garantiram US$184 milhões em investimentos.
Conheça mais 9 áreas no mundo das healthtechs
Aqui, citaremos nove áreas que fazem parte das healthtechs. Porém, estes vão além da telemedicina.
- IA: A Inteligência Artificial busca aprender por si própria e criar um raciocínio lógico e a habilidade de análise para tomar uma decisão;
- Big Data: É o conjunto de dados que são gerados e coletados no meio médico, como laudos, receitas e exames. Seu objetivo final é ter dados suficientes, coletados de diversas fontes, e os transformar em resultados que permitam o fácil acesso a qualquer informação;
- Farmacêutica e diagnóstico: São as novas formas de adentrar a tecnologia na área de atuação na medicina diagnóstica, que busca identificar fatores de risco antes que se agravem. Assim como, a área farmacêutica, que busca sanar, de maneira mais assertiva, dores já existentes;
- Gestão e PEP: Plataformas que disponibilizam ferramentas de gestão das informações essenciais e prontuários médicos;
- MarketPlace: Plataforma que permite a venda de produtos ou serviços da saúde de forma on-line, provenientes de vários fornecedores, agregando a sua variedade;
E-commerce: Plataforma de uma única empresa que permite a venda de produtos ou serviços da saúde de forma on-line, garantindo mais confiança; - Medical Devices: Sotfwares e Hardwares que buscam, de forma mais assertiva, diagnosticar, prevenir e tratar doenças;
- Relacionamento com o paciente: Plataformas que focam na relação entre corpo médico e paciente, facilitando a experiência do enfermo, assim como facilitar a comunicação até o pós-atendimento.
- Wearables e IoT (Internet das Coisas): Tecnologias vestíveis e aparelhos inteligentes que conectam o paciente à internet e coletam, de maneira prática, dados importantes.