Com o avanço da pandemia do Coronavírus, a urgência por investimentos em tecnologias de ponta e soluções mais simples e inovadoras para de frear o vírus cresceu. Assim, os novos modelos de negócio, como as HealthTechs chegaram para auxiliar no alívio das demandas no sistema de saúde e estimular esses setores trazendo avanços que ajudam a facilitar o dia a dia dos hospitais.
Desse modo, através de programas inovadores em parceria com startups, diversas soluções foram e estão sendo desenvolvidas, inclusive no sistema público de saúde (SUS) e em hospitais beneficentes.
Assim, elas ganharam espaço, bateram recordes e agora estão mostrando que vieram para ficar. Com a ampliação dos serviços médicos, temos como resultado, um crescimento expressivo para o seguimento.
Número de HealthTechs mais que dobrou no país
Segundo o estudo HealthTech Report 2020, realizado pela Consultoria Distrito, o número de startups no setor da saúde cresceu 118% em dois anos. Passou de 248 em 2018 para 542 em 2020.
Contudo, o objetivo delas é a centralização no trabalho colaborativo, onde hospitais concedem o espaço, materiais e dados para desenvolvimento de produtos, e as startups mapeiam os problemas e criam soluções inovadoras.
Na prática: Inova e Call for Health
Um dos exemplos práticos desse crescimento é a Fundação Hospitalar São Francisco de Assis.
A entidade filantrópica de Belo Horizonte, desenvolveu em 2019 o Inova, seu programa de inovação.
O projeto já conta com várias startups que oferecem soluções. Elas utilizam desde inteligência artificial, a equipamento para validação do funcionamento adequado de ventiladores pulmonares, um acessório para macas, além de um projeto de telemedicina.
Call For Health
Outro projeto de destaque é o Call for Health. O programa de apoio à inovação em parceria com o Holding Saúde Ventures, tem o intuito de promover atividades de desenvolvimento do segmento da saúde.
Desse modo, com a promoção de inovação, tecnologia e melhoria na saúde, o Call For Health promove mentorias, cursos, workshops e projetos pilotos com o hospital. Assim, visando impulsionar e desenvolver os negócios inscritos no programa.
Segundo o superintendente geral da FHSFA, Dr. Helder Yankous, a criação do Inova foi uma forma de conseguirem trazer novas tecnologias e processos para o hospital.
“A tecnologia é muito importante dentro novas técnicas terapêuticas, para o bem-estar dos pacientes e a recuperação de sua saúde. É mais que justo que cheguem também aos pacientes dos sistemas públicos. Em especial nos hospitais filantrópicos que sofrem com um financiamento inadequado. Afinal, essa é a real contribuição da tecnologia” — Dr. Helder Yankous.
Dr. Yankous ainda fala sobre a importância da humanização, já que o hospital não entra com recursos financeiros:
“Nossa participação é em uma parceria onde entregamos problemas, sonhos e o campo para que desenvolvam esses trabalhos. A criação do Inova impactou diretamente na cultura do hospital. O movimento feito na instituição foi um dos maiores resultados: fez com que as pessoas, inclusive do corpo clínico, pensassem mais seus processos e necessidades”.
Ademais, ainda segundo o Dr. Yankous, o plano é seguir ampliando as parcerias com empresas privadas da área da tecnologia.
“Buscaremos aumentar nossa capacidade de relacionamento com as startups. Além de atrair fundos de investimento que possam auxiliar e ampliar nossa atuação no mercado criando um centro de atuação SUS 4.0.”.
Afinal, é necessário se atentar as mudanças, necessidades e demandas do setor.