Aproveitando que essa semana, ontem, dia 17 de maio foi comemorado o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, falaremos neste texto sobre a importância da inclusão e diversidade no mundo corporativo com foco nas startups.
Faz tempo que essa pauta deixou de ser algo opcional, e atualmente, se tornou requisito essencial para as empresas que buscam promover a igualdade. Várias startups pelo mundo desejam, acompanhar esse movimento na direção da equidade. Entretanto, a maioria não sabe o que fazer nem como começar.
Não basta ter a vontade o de estimular a ideia entre os funcionários. É necessário realizar um trabalho de conscientização, mostrando os caminhos possíveis, criando metas e insistindo até se perceber o óbvio: todas as pessoas devem ser tratadas com respeito e merecem receber oportunidade igual de mostrar sua capacidade e suas competências, sem discriminação ou preconceito.
Tutorial de inclusão
Uma boa forma de começar essa tarefa pode ser através da criação de um documento didático, objetivo e de linguagem simples. Um ótimo exemplo disso é o Guia de Promoção à Diversidade para Startups lançado recentemente pela Associação Brasileira de Startups.
O documento destaca cinco pilares de diversidade — identidade de gênero, étnico-racial, pessoas com deficiência, orientação sexual e gerações (50+). A partir daí indica ações para mudar o perfil do ecossistema brasileiro de startups. Este que atualmente formado por 70% de pessoas brancas e cerca de 90% que se declararam hétero, segundo pesquisa recente.
É uma iniciativa básica, prática e já gerou resultados objetivos ao falar explicitamente sobre racismo, etarismo, LGBTQIA+, PCD, liderança feminina, entre outros temas.
Além disso, nota-se que, de maneira geral, os colaboradores querem se juntar a esse esforço em busca de mais inclusão e igualdade.
Entretanto, não é suficiente e não adianta esperar que tudo se resolva de uma hora para a outra.
Esse é apenas o pontapé inicial e, na sequência, ainda restará uma longa estrada a ser percorrida.
Na prática
Em primeiro lugar, a diretoria da empresa deve se comportar conforme o discurso que prega. Nada adianta dizer ser a favor da diversidade quando não se contrata pessoas LGBTQIA+, pretas ou maiores de 50 anos. Nem sequer implanta um processo seletivo com espaço para a inclusão de minorias, concorda?
Mesmo após criar um “guia”, dar o exemplo e incorporar de fato o conceito de diversidade, ainda é necessário monitorar o comportamento dos seus colaboradores e exigir empenho no que diz respeito às diferenças no ambiente profissional. Além de deixar nítido que o nível de tolerância à discriminação é zero, e, em contrapartida, promover ações educativas e de conscientização, para que o processo se torne autossustentável e contínuo.
Ainda estamos longe da situação ideal de igualdade e equidade no profissional e na vida, mas a única alternativa que temos é dar um passo de cada vez, sempre com persistência. Tendo em vista que não será fácil eliminar o que se acumulou em séculos de discriminação e preconceito.
Ademais, já passou da hora de acabar com essa punição e levar as startups a adotar um comportamento social tão avançado quanto são suas conquistas tecnológicas.