O ChatGPT, um chatbot com inteligência artificial, terá capacidade de decidir a prescrição de antibióticos para os pacientes? Desenvolvida para responder às perguntas dos usuários em forma de conversa, ferramenta gerou agitação em médicos e cientistas que buscam determinar quais são suas limitações.
Como funciona o ChatGPT?
Criado pelo programador Sam Altman, CEO da OpenAI, o ChatGPT, ou Chat generative Pre-Treated Transformer, é uma ferramenta de processamento de linguagem natural que se utiliza da inteligência artificial.
A tecnologia interage com o usuário de maneira realista e precisa, realizando diversas atividades. O ChatGPT consegue escrever redações, compor músicas, criar linhas de programação e até responder questionamentos científicos complexos.
Atualmente a IA está em fase de testes e disponível gratuitamente. Para testar a ferramenta, basta criar uma conta com login e senha neste site.
Poderia então o ChatGPT substituir um médico?
A inteligência artificial ainda não consegue substituir o médico, mas há um claro potencial para a tecnologia desempenhar um papel na prática clínica.
Os pesquisadores apresentaram ao ChatGPT oito cenários hipotéticos de infecção sobre os quais as pessoas normalmente consultariam seus médicos. Eles então avaliaram o conselho fornecido pela tecnologia quanto à sua adequação, consistência e impacto na segurança do paciente.
A avaliação verificou que a ferramenta compreendeu os cenários e entregou respostas coerentes, incluindo isenções de responsabilidade e direcionando os pacientes para fontes de orientação. Também pareceu entender a necessidade de prescrever antibióticos apenas quando havia evidência de infecção bacteriana. No entanto, também emitiu conselhos inseguros em cenários mais complexos.
Por outro lado, curiosamente, a nova tecnologia tendeu a se concentrar no tipo de antibiótico prescrito em cada cenário, e não em outros fatores, refletindo as suposições realizadas inicialmente pelos médicos durante a consulta.
Ademais, após o experimento, foi desenvolvida uma lista de verificação para os padrões que a IA deve atender para ser considerada para uso na prática clínica no futuro.
Fonte: oglobo.com