A covid-19 é um fator recorrente, desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu seu decreto sobre a pandemia. Com isso, medidas de segurança e higiene tiveram que ser implementadas em todos os países, em especial naqueles que não sabiam como lidar com a crise.
Durante este período, diversos setores aceleraram seus processos para suprir a demanda mundial. Desse modo, foi possível ver o avanço que a terapia intensiva, os medicamentos, a ventilação mecânica e a produção de vacinas realizaram.
Ademais, é importante lembrar que, no Brasil – um dos países mais afetados pela covid-19 -, o Sistema Único de Saúde (SUS) faz a diferença. Afinal, grande parte da população depende do SUS e seu sistema de saúde universal para passar pela pandemia.
A história do SUS
Em 1923, a ideia por trás do projeto veio pela Lei Eloy Chaves. Ela se inspirada em um modelo criado na Alemanha, e garantia atendimento médico para os trabalhadores que contribuíam com a previdência.
Assim, com o início de um sistema de saúde voltado à população, o Ministério da Saúde (MS) foi instituído, em 1953, com o intuito de sanar questões envolvendo medidas coletivas, como as vacinações.
Já em 1977, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) nasceu como um órgão para cuidar de hospitais e postos de saúde. Contudo, apenas os trabalhadores formais tinham o direito a usufruir dessas garantias.
A reformada sanitária veio em 1986, com declarações de médicos, pesquisadores e da população, na 8ª Conferência Nacional em Saúde, propondo uma universalidade do direito à saúde, que viria a ser concretizado em 1988, com o SUS. Assim, a criação e oficialização do Sistema Único de Saúde prevê que a saúde é um “direito do cidadão e dever do estado”.
SUS e seu papel durante a pandemia
O SUS é o maior sistema de saúde universal do mundo. Desse modo, o SUS dá suporte para os 180 milhões de brasileiros e, durante a pandemia que se alastrou no país, mostra seu Valor. O sistema oferece acesso amplo e gratuito à saúde para a população em meio a uma crise sanitária.
A crise de Manaus
Manaus viu um de seus momentos mais difíceis da pandemia durante o primeiro mês de 2021. O colapso do sistema de saúde, que atingiu sua capacidade de atendimento, viu sua situação piorar quando a falta de insumos para o tratamento no combate da covid-19 atingiu a cidade.
A falta de leitos, assim como a falta de cilindros de oxigênio, foram o estopim para uma crise humanitária.
Diante disto, diversas celebridades se compadeceram da causa e começaram um mutirão para a compra e envio de cilindros de oxigênio. Entre as vozes que tomaram a frente desta causa estava Thelma Assis, médica e ganhadora da 20ª edição do Big Brother Brasil (BBB).
Thelma, além de sua doação, se voluntariou no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto para enfrentar a situação. O hospital, no caso, é uma das referências na cidade quanto ao tratamento à covid-19.
Como podemos contornar a pandemia?
Todas os brasileiros usufruem do SUS, tendo eles plano de saúde ou não. Ele está na aplicação de campanhas de vacinação em massa, gestão sanitária, combate à dengue, entre tantas outras ações que prezam pela saúde da população.
A grande vencedora do BBB 2020 atua a dez anos como profissional de medicina, e, na maior parte deste período, trabalhou no SUS. “O sistema serve como referência, mas precisa de valorização e boa gestão pública” diz.
Entender a relevância e importância do SUS na vida de cada brasileiro nos ajuda a compreender sua trajetória e como a saúde pública no Brasil tem potencial para salvas vidas. Contudo, todo os erros levantados durante a crise devem ser levados como aprendizados.
Enquanto a pandemia de covid-19 ainda afeta o país, é importante que o governo se lembre de trabalhar com as populações vulneráveis, assim como guiar seus recursos para uma vacinação nacional. O Brasil é referência de imunização e, segundo pesquisadores brasileiros, os Institutos Butantan e Fio Cruz têm a capacidade para efetivar as vacinas dentro do país.
Ações para o futuro da saúde no Brasil
Mais do que remediar, devemos usar estas experiências e preparar nosso setor de saúde para futuras crises. Assim, a ideia é investir em pesquisas e novas técnicas para o avanço da área de saúde.
As healthtechs surgem com esse objetivo. “É uma atividade proveniente do compartilhamento de conhecimento sobre tecnologia e soluções de novos modelos de negócio para médicos, clínicas, hospitais e organizações de saúde”, diz o fundador e CEO do HubSaúde de Minas Gerais, Fábio Veras para a Revista PROTESTE.